segunda-feira, 11 de julho de 2011

Eu vejo Deus...



Eu vejo Deus na pureza de uma criança, na singeleza de uma flor, nas cores inalditas do arco-íris, na imensidão do oceano, no som mar esbravejante, nas maravilhas da natureza e no infinito do universo. Sim, eu vejo Deus. Eu vejo Deus, no esplendor da aurora, na brisa da manhã, no sol que nasce para o rico e para o pobre, para justo e o injusto, no ar que repiramos e na vida que há em nós. Sim, eu vejo Deus.

Eu vejo Deus na perfeição do corpo humano, na caridade que ainda existe, no amor que é inexplicável, na família reunida, na diversão sadia entre amigos, no prazer de saboriar, na ternura do luar. Sim, eu vejo Deus. Eu vejo Deus na dor que há saudade, na magia da lembrança, no encanto da esperança, no sorrir de alegria, nas lágrimas de emoção, na inspiração do poeta, nas notas de uma canção, e na simples melodia que nos aquece o coração. Sim, eu vejo Deus. Mas o vejo, principlamente, quando percebo que tão grandes coisas, são tão pequenas e efêmeras, comparadas a grandeza da existência desse Deus.

Quando falamos de Deus, falamos de nós mesmos: do que vemos, do que tocamos, do que sentimos, pois somos apenas reflexos dEle " Façamos o homem a nossa imagem e semelhança" Gn 1:26. Nós o vemos sob a ótica humana, logo, limitada. Paulo disse: "Pois agora enxergamos num espelho, em enigma; um dia porém, veremos face a face " 1Co 13:12. Longe do dogmatismo teontológico de quem Ele é, (pois há quem pense que sabe até o número do sapato que "Deus" usa) resta-nos apenas pensamentos voláteis a respeito do incognoscível, do inimaginável, do absoluto, do perfeito.

Para finalizar deixo-lhes uma frase de Fenelón: “Tu és tão grande e tão puro em tua perfeição, que tudo o que suponho de meu na ideia que tenho de ti faz com que imediatamente não seja mais tu mesmo. Passo minha vida a contemplar teu infinito; vejo-o e não poderia duvidar dele: mas assim que quero compreendê-lo, escapa-me, não é mais ele, torno a cair no finito. ”.

Por isso, ainda que de maneira tênue, entre o real e o inimaginário, posso dizer que: Eu vejo Deus...        ( Josias Silva)

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